Tabuleiro baiano: a briga acirrada e simbólica de ACM Neto e Jaques Wagner
Herdeiro político do avô, o ex-prefeito de Salvador entra na disputa pelo governo dezesseis anos após a derrota do carlismo e a ascensão do PT.
Dominada pelo ex-governador Antonio Carlos Magalhães por décadas, a política baiana tem permitido longos períodos de poder aos grupos vencedores das eleições. Abrigado no PFL, o carlismo emendou quatro vitórias consecutivas nas disputas a governador, entre 1990 e 2002. Meses antes da morte de ACM, aos 79 anos, em 2007, o grupo foi enfim desalojado por Jaques Wagner (PT), reeleito em 2010 e sucedido pelo atual governador, Rui Costa (PT), que está no segundo mandato. Até o fim de 2022, portanto, terão sido dezesseis anos de poder dos carlistas e dezesseis dos petistas. E o tira-teima na eleição do ano que vem entre os grupos hegemônicos no quarto maior colégio eleitoral do país será uma disputa acirrada e simbólica: de um lado, o petista Wagner, que encerrou o ciclo carlista; do outro, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (DEM), que tentará bater o algoz do avô, de quem é o herdeiro político.
Via Veja